O Festival Nascentes está de volta à Aldeia das Fontes, no concelho de Leiria, entre os dias 2 e 6 de julho de 2025, com um programa centrado na relação próxima entre arte, natureza e comunidade.
Um evento de raiz comunitária
Organizado pela Omnichord em parceria com os habitantes locais, Nascentes promete ser um festival construído “com o apoio e intervenção direta da comunidade local”. Mais do que espetáculos, o festival oferece passeios sonoros, residências criativas, oficinas para famílias e convívios culturais, num ambiente intimista e sustentável.
Natureza como palco e inspiração
Inspirado pela paisagem da serra, dos hortos e do rio Lis, o festival integra a natureza como elemento estrutural: as atividades decorrem “com os pés na água, no meio da serra, entre hortas, caminhos e casas”. A arte e a ecologia caminham “lado a lado”, refletindo sobre a vulnerabilidade, empatia e resiliência.
Programação destacada
- Concertos: artistas internacionais da Tanzânia, Reino Unido, Hungria, Dinamarca, Bélgica e países africanos como Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e São Tomé — incluindo nomes como The Zawose Queens, HENGE, Freakin’ Disco, Landrose, Smag På Dig Selv, Los Sara Fontan, Fidju Kitxora e Djonsaba Kanuté.
- Residências artísticas culminam em projetos sonoros participativos, como Carincur com o Coro das Fontes, e atuação de João Maneta & Pedro Marques.
- Oficinas infanto-juvenis e familiares, incluídas em residências criativas, oferecem cianotipia, culinária imaginária, pintura, escultura e objetos em movimento, apoiadas pela Fundação Millennium BCP.
- Passeios sonoros, conduzidos por Luís Antero, ativam a escuta sensorial do lugar “transformando os participantes em intérpretes atentos de um território vivo”.
- Documentário “Onde nasce o rio e morre o medo”, da Casota Collective, será exibido em convívios comunitários.
- Momentos de partilha, como as iniciativas “Desabafar” — onde se conversa com desconhecidos ao copo de abafado — e a Jantarada d’Aldeia, reforçam o sentido de comunidade.
Acesso e propósito
O festival é gratuito, com exceção da Jantarada e do Desabafar (mediante inscrição ou contribuição). A organização enfatiza que “cada gesto conta” e que “cuidar é celebrar, e celebrar é amar”.
